quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Walkout!!!

Quando leio alguma biografia ou tese dissertadas por mestres ilustres ( independente da área analisada), lembro da minha santa e boa ignorância. Há um tempo atrás, quando me deparava com o padrão alto e demasiado de alguns autores, ficava extremamente irritada com minhas potencialidades provincianas..afff...Nunca esquecerei da minha primeira noite com Nicolau Maquiavel. Eu tinha 14 anos e meio, já me achava quase uma "adulta" por estar prestes a fazer a idade da glória, assim dita por alguns especialistas, alíás, adolescentes especialistas...(risos).Num primeiro momento, achei chato, linguagem arcáica, época mórbida e escrita extremamente para guerrear. Porém, o pequeno livro de bolso se tornou um desafio, e não apenas para chegar a tão esperada última página, mas um desafio que encararei até o final de minha vida.Desafio? Sim, com certeza... é um desafio expor teu pensamento mediante aos fatos do cotidiano. Não entendi nem a metade das palavras de Maquiavel naquele primeiro encontro. Foram precisos mais nove encontros durante meu percursso racional para entender algumas de suas frases que se fazem presente no nosso cotidiano. Burrice minha ler nove vezes um livro?? Pode ser, não sou perfeita. Mas com certeza se eu puder, lerei setenta vezes sete. Infinitamente...
Depois de Maquiavel, vieram muitos outros: Sérgio Buarque de Holanda, Durkei, K. Marx, Engels, Che, Sun Tzu, Keynes, Florestan Fernandes, Platão entre muitos outros. Posso não ter absorvido 50% da sapiência que esses metres almejariam que seus humildes leitores absorvessem, mas compreendi suas coragens, autenticidades, seus protestos. Protestos que muitas vezes foram apagados, reescrevidos, queimados porém, nunca perderam a verdadeira autenticidade de seus criadores. E foi com eles que aprendi a protestar. Sendo assim...PROTESTO!!!


  • Protesto contra o poder envenenado da mídia;
  • Protesto contra a indústria da moda que alimenta uma geração de adolescentes anoréxicos;
  • Protesto contra a violência e a falta de privacidade, fazendo com que os cidadãos não consigam descansar adequadamente;
  • Protesto contra ao regime de cotas para negros nas Universidades públicas: Ao invés de haver uma reforma institucional no ensino público fundamental e médio, nossos governates decretam leis de baixo custo;
  • Protesto contra a traição: Independente do tipo de relacionamento;
  • Protesto contra a pedofilia e crimes virtuais: é insuportável ter que aceitar a lerdeza do sistema mediante as tranformações da era tecnológica.
  • Protesto contra a atitude da ONU ao criar o Estado de Israel para tentar limpar a barra de Hitler mediante a morte de 80 milhões de judeus na segunda guerra mundial, e tirar o território da Palestina para assim fazer uma divisão absurda e cruel que matam vidas até hoje. Não é assim que se faz democracia universal;
  • Protesto contra o Ministério da Educação que fica assinando decretos para abertura de faculdades de esquinas, ao invés de investir na criação de universidades públicas e gratuitas e aumentar o investimento nas já existentes;
  • Protesto contra o Reuni: Não adianta jogar profissionais não preparados no mercado e desestimular a pesquisa e o ensino científico;
  • Prosteto contra o preconceito, independente de sua natureza. É crime e devemos denunciar;
  • Protesto contra a epidemia do protencionismo que se espalha feito poeira entre os países mediante a uma crise tão violenta que enfrentamos. Essa não é a solução!!!;
  • Protesto contra a pequena e mórbida corja de banqueiros que manda e desmanda nos países de terceiro mundo, inclusive o Brasil;
  • Protesto contra José Sarney: tua era já foi!!! Volta pra casa e para de inventar moda. Mesmo que seja na língua portuguesa;
  • Protesto contra os impostos: não posso pagar quase dois reais por um litro de leite;
  • Protesto contra a hipocrisia social que assumimos dia a dia, mediante as atrocidades que ocorrem na nossa frente;
  • Protesto contra meu silêncio: eu simplesmente aceito os acontecimentos.Não pode ser assim;
  • Protesto contra o meu medo de protestar. Não vivemos mais na ditadura, mas é assim que me sinto. Rotulada por paradigmas e aberrações que me curvei devido a minha precária bagagem de conhecimento .

Por fim, protesto. E peço decsulpas por não conseguir escrever todas as minhas indignações devido a minha falta de maturidade. Afinal, ainda não consigo separar minha inteligência emocional da racional.