terça-feira, 28 de abril de 2009

O que é essencial para se viver?



" O essencial é invisível aos olhos.."já dizia Antonie de Saint-Exupéry. E acredito que ele tenha se inspirado perante as atrocidades vistas á olhos nus.Lamentavelmente...

Hoje conheci um bravo homem, e ele confessou em ter apertado as mãos do diabo. Chocante.Esse homem precisou estar no inferno para perceber que a humanidade faz pouco pela vida, pouco pelo seu povo, e que ele fazia pouco para si mesmo. E se deu de conta na hora errada, o que poderia ter feito quando a oportunidade havia passado em sua frente.

Vi que esse homem também esteve de mãos atadas o tempo inteiro. Se sentia amarrado, insatisfeito, desanconchegado. Ele não sabia que um simples desejo se tornaria um dos maiores genocídios já mais visto pela terra, pelos homens.A essência da vida, já não existia mais naquela nação, e a daquele homem, desapareceu quando sua resposta foi um simples sim.


É assim que acontece quando rejeitamos os verdadeiros aceites, as verdadeiras palavras. Jogamos fora o essencial, e colacamos pra dentro o que pesa menos ou talvez o que importe menos. Mas é inevitável, não conseguimos perceber no momento.

Falha? Talvez.Mas somos tentados 24 horas por dia.Seja pela televisão, internet, revistas, emails... O essencial tornou-se superficial.

Superficial no dia-dia, no trabalho, em casa, com amigos e em qualquer tipo de relação. Até a relação entre países, atualmente, está cada vez mais superficial.

Na realidade, aquele homem conseguiu achar no meio de tanta ignorância e hipocrisia um pingo de essencialidade, e a transformou em um dos maiores trabalhos de reconstrução social já mais visto, já mais falado...

Em seu depoimento, frisou o sgnificado daquele aperto de mão. Frisou a mudança que fez consigo mesmo ao encarar o mal, e assim fazer do bem um trabalho muito mais forte e de muita compaixão humanitária.

Ele achou a sua essência...

Nós achamos a nossa?...

Eu achei a minha? Não sei...agora é só aguardar.


Seaa...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

E tudo cai...


"A andorinha partiu.

O Sol mais cedo se deitou.

A chuva miudinha caiu,

Então o Outono chegou..."


Adoro todas as estações do ano. Não sou daquele tipo de pessoa que se "altera" com a chegada de alguma estação. Porém, tenho as minhas preferidas e o outono é uma delas. É nessa estação que percebemos ainda mais a lei da gravidade. As frutas caem, as folhas caem, os cabelos caem, os modelitos de verão caem, e as roupas das tedências passadas também caem.É hora de começar a baixar as roupas mais quentinhas do alto do guarda-roupa e recolher as sandálias mais afrescalhadas. É hora também de dar aquela geral na pele e cabelo, e comer muita bergamota e pocã. Aliás, adoro bergamotas!!!

É chegado também aquele momento de refletir um pouco sobre o início do ano. Os acontecimentos da estação do calor serão lembrados e muitas vezes, faremos de tudo para esquecer alguns deles.As alegrias, as tristezas, as farras, as indiadas...todas farão parte de um passado que está cada vez mais presente. Pois o tempo passa e passa cada vez mais rápido.

Temos a sensação de que o ano começou, quando a paisagem muda completamente pela manhã. As folhas já não estão mais verdes, os pássaros estão mais escondidos e o cheiro do orvalho se fixa muito mais.

"...A videira triste está a chorar,

Ela sem uvas ficou.

Cheira a vinho novo no lagar,

Então o Outono chegou..."


O outono dá aquela sensação de nostalgia. Sensação de que tudo passou e ao mesmo tempo, de que tudo recomeça...
É no outono que a saudade aperta. Saudades dos amigos, dos domingos de praia regado a cerveja gelada, do sorvete com calda quente e do chimarrão no fm de tarde.E claro, saudades de um amor perdido ou encontrado.

As águas de março já fecharam o verão, e as promessas continuam ainda mais vividas, mais presentes. Promessas de uma dieta, de estudar mais, de dar uma geral na casa, no guarda-roupa, no coração...


"...As temperaturas desceram.

O vento assobiou.

As aulas já começaram,

Então o Outono chegou..."


Promessas que ficarão aconchegadas na memória, pois a correria do dia-dia não deixa que relembremo-as seguidamente. Promessas de rezar para assim ter um ano tranquilo e sadio. Promessas de agradecer sempre.Promessas de ajudar mais, ao invés de ficarmos em si com nossas esquisitisses modernas... E rezar ainda mais, para que nossas promessas , ao chegar no final, estejão cumpridas e nós satisfeitos.


"...Os lagartos hibernaram.

A árvore despida ficou

.As folhas soltas dançaram,

Então o Outono chegou."

No final, outono não dura para sempre.Mas esses meses serão como sinos em dias de festa. Boa música para os nossos ouvidos, com aroma e gosto de bergamota.

Aliás, adoro bergamotas!!!!