segunda-feira, 18 de agosto de 2008

" Fazer o bem, sem olhar a quem"

Na última sexta-feira, 15 de agosto, fui convidada por minha mãe há ir a missa na Catedral de São Pedro.Era dia de Maria Assunta ou "Assunção de Maria"( Magnificat, virtuosa...), dia no qual é feriado em muitas regiões no nosso país e no mundo, como por exemplo, na Itália ( "Ferragosto").É um dia muito especial para os indianos também, pois em 1947 foi decalarada a independência da Índia que se encontrava sob o domínio britânico desde 1849.O movimento que levou a essa independência, foi liderado por três personagens de resistência não-violenta,na qual um deles mostrou ao mundo que lutar por uma causa precisa e justa sem o uso de armas de fogo, e com apenas as armas mais valiosas que possuímos; a palavra e diálogo, chegamos ao nosso objetivo sem precisar corruptir, usurpar e matar. Os virtuosos seriam eles: Vallabhbhai Patel, Jawaharlal Nehru e Mahatma Gandhi.
Estes, principalmente Gandhi, apresentaram ao mundo uma Índia que não era mais nobre como em seu passado, mas sim pobre, devastada , humilhada.Cansados do imperialismo europeu e iluminados pelos ensinamentos de Buda(sec.VI a.C.) que também foi indiano, tiveram coragem e abraçaram seu ideal: libertar a Índia e ali reconstruir seu país com fraternidade.
Fraternidade, é uma das palavras mais importante do vocabulário Budista e a que mais se encaixa com a imagem da outra personagem dessa história, Maria Assunta, devido sua devoção, fidelidade e amor á Deus e ao seu filho.
Relembrando a omilia do Sacerdote da Catedral, e focando o tema desse escrito,me ousarei a falar de virtudes( não que eu seja um exemplo disso), e para isso comecei pela mais virtuosa e perfeita mulher, aquela que disse sim ao Pai , mesmo não sabendo qual seria a sua missão e não entendo o porquê da escolha de Deus.
Maria, humilde, pura e corajosa, vivenciou e sentiu os mais diversos sentimentos: desde a alegria de ser amada por Deus, até o desespero e impotência de ver o sofrimento, dor e a morte de seu único filho.Depois da morte e ressureição de Cristo, Maria fugiu pois estava sendo perseguida, e viveu seus últimos dias na Turquia, em humildade e simplicidade que apenas ela possuía.
Depois dela, tivemos vários personagens repletos de virtude e coragem que fizeram revolução com seus dircurssos dogmáticos e vivenciaram a palavra sem temer o futuro e principalmente, sem precisar utilizar algum armamento ou expressão que leve ao mal, apenas acreditando na fraternidade entre os povos, cito:
JoanaDarc , Zumbi,Martin Luther King, Chiara Lubich, Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, Chico Mendes , Ingrid Betancourt entre outros...
Não existe "a virtude mais importante", afinal essa palavra é um conjunto da moral que caminha em direção ao bem, por isso, todas são importantes. E nós, o seres mais completos há possuímos, mas muitas vezes fingimos não possuí-las.
Como dizia o sacerdote, ela está presente no nosso âmago, isto é, nós já nascemos seres virtuosos porém, cabe a nós enxergarmos a direção que ela devem seguir: o bem ou o mal.
Nunca seremos cem por cento nas nossas virtudes e nos nossos atos,mas eu considero importante a coragem e a luta do dia-dia para alcaçarmos a perfeição tão desejada.É difícil assumir a virtude do perdão,da ignorância, da sabedoria...Mas, já que faz parte do
DNA, porque não tentarmos? Claro, não quero ser como Maria ou Gandhi, nem tenho cacife para isso ( risos)...Embora, tenho personalidade para assumir que não tenho ,mas almejo pelo menos 1/3 de suas coragens, luta e perseverança que eles possuíam.

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